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AVATAR – O CAMINHO DAS ÁGUAS

O grande filme de 2009, com gráficos que mudaram o patamar de produções com recursos gráficos  e aqui já entrando em nosso assunto, Direção de Fotografia de Russel Carpenter, parceiro de longa data de James Cameron, inclusive vencedor do OSCAR por Titanic. 

Conforme o Próprio James Cameron conta, o sucesso de Avatar – O caminho das águas dependia inteiramente da estreita colaboração entre especialistas nos principais departamentos de produção em suas áreas de produção. 

Por que da demora em fazer a continuação? Uma resposta não tão simples, mas passa por ter uma melhor tecnologia para a captação de imagens, no processo de digitalização.

A continuação de Avatar recomeça em 2017, pois a grande dificuldade da captação de imagens é a questão subaquática, aliás, para alguém como eu, que já nadou, surfou, mergulhou e hoje rema, esta parte é fundamental e ficou perfeita, trata-se de uma grande experiência visual do ponto de vista de ambientes iluminados, fotografia e muita, mas muita bioluminescência, que acredito após o Avatar de 2009, foi um tema profundamente estudado, mas vou comentar isto um pouco mais a frente.

Mas como a luz é explorada em uma situação virtual? Isto não é mais fácil?  Sempre me lembro de um amigo me dizendo: “As pessoas acham que acordo de manhã e dou bom dia para o meu computador e o resto ele faz sozinho!” 

Muito pelo contrário! A computação gráfica neste nível de excelência é algo inatingível para uma pessoa só, é preciso uma equipe fabulosa, com muitas pessoas inteligentes à volta.

Se você prestar atenção em Pandora, local onde se passa a história, a luz em cada cena de pandora apresenta muitas nuances de cores diferentes de acordo com o ambiente de cada cena e ela nunca é neutra! 

Falo sempre que minha iluminação perfeita para filmes é uma iluminação que ajuda a contar a história, aqui ela vai além, pelo fato de ser uma iluminação gráfica, ela conta a história da lua, sim Pandora é uma lua! E esta iluminação do local se adere ao texto. A história é contada dentro das passagens de momentos da natureza de Pandora, raramente uma cena esta em ambiente fechado.

Um detalhe importante, praticamente todas as imagens são estereoscópicas! Mas que é isto?

Uma imagem estereoscópica é uma imagem fotografada por duas câmeras ao mesmo tempo a fim de gerar uma imagem 3D. É extremamente complexo o resultado final! O próprio James Cameron diz que literalmente não existe um único ser vivo que entenda todos os aspectos dela.

As cenas subaquáticas foram capturadas dentro de um enorme tanque de água, mas não foi tão fácil assim! Uma câmera mocap, ou seja a câmera que captura os movimentos, funciona com infravermelho porém este comprimento de onda é rapidamente absorvido pela água, então eles encontraram um comprimento de onde perto do ultravioleta que conseguiu viajar pela água, fora a questão das caixas estanques especiais para acomodar o equipamento.

Dificilmente escrevo sobre técnicas aqui, comento aspectos mais sensoriais, mas aqui como é um projeto a parte, não é nem fora da curva, ele vai além da estrada inteira! A captura de imagens e movimento dentro da água se faz necessário um ambiente extremante claro e superar os reflexos da superfície. Foi preciso cobrir o tanque com cascas finas, para que a luz natural não atrapalhasse e ao mesmo tempo tinha de ser facilmente rompida pelas pessoas que estavam dentro da água.

Então resumindo o trabalho é um casamento do mundo virtual com a fotografia de ação ao vivo.

A parte que mais me emociona no filme é a bioluminescência. A luz da natureza dos seres vivos de Pandora, uma situação emocionante. 

O filme é uma grande experiência visual, com cenas absurdamente bem feitas e lindíssimas.

Agora é esperar por Avatar 3, que já está pronto!!!

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