Muitas vezes meus amigos me dizem que eu vejo filmes antigos, com ar de estranheza, mas bons filmes, bons textos e boas histórias são atemporais! Neste caso eu não vi, mas para terem ideia, o livro é lançado em 46 e em 47 após um enorme sucesso do livro, se fez uma grande produção estrelada por Tyrone Power, um grande astro de Hollywood que estrelou dezenas de filmes de sucesso.
Mas entrado diretamente no foco de meus comentários, a Direção de Fotografia, tenho de comentar que a expectativa sobre os filmes do Guilhermo Del Toro são sempre muito altas, pois ele tem em seu DNA explorar estética com a narrativa, que é um prato cheio para a iluminação! Entre suas obras estão o Labirinto do Fauno, Colina Escarlate e A forma da Água, o qual adoro, a paleta de cores e forma com que a iluminação é desenvolvida.
O Beco do Pesadelo tem nitidamente uma formação NOIR, algo que a fotografia ama, eu também, sempre rende boas imagens.
Aqui uma dificuldade, o filme se divide em duas partes claramente perceptível, a primeira mais ligada a ações, desde seu início com o incêndio da casa, fotografia perfeita e constante, muito focada na questão estética com ar meio sombrio, até explorando as bizarrices do circo.
A iluminação mostra em primeiro plano exatamente isto e de forma perfeita, as bizarrices do circo, feito para explorar, mas se você se atentar vera a mudança suave da iluminação, pois a verdadeira bizarrice são nossos monstros internos, neste ponto achei a iluminação quase que definida como pano de fundo aonde se desenvolve a trama, acompanha a trama, mas não muda em seus altos e baixos, muito focado na questão estética.
Entenda-se! Desenvolveu-se uma faixa determinada de iluminação, aonde se desenvolve a trama, fotografia perfeita, inclusive com a presença de objetos com simbolismo e iluminação de destaque neles, mas no meu pensar, eu preferiria algo a mais para acompanhar a personalidade de cada personagem em cada momento, mas isto é uma escolha do diretor, que caminho desenvolver.